Por ocasião da morte de Tom Jobim, Chico Buarque declarou que não tinha mais para quem mostrar as suas canções. Segundo Chico, era a opinião do genial Jobim que ele buscava escutar sempre que fazia uma música. Há algo desse sentimento, dessa tomada de consciência de um vazio, em todos os juízes fluminenses (aqui eu me incluo) que torciam para que suas sentenças fossem apreciadas em grau recursal pelo professor Geraldo Prado.
Um juiz que... gosta de samba e futebol. Um legítimo carioca que é motivo de orgulho, não só para os amigos (e aqui me incluo, novamente), como também para todos aqueles que compreendem o que é a democracia. Um juiz que gosta e sofre com o povo: um juiz como todos deveriam ser...
Um juiz que... gosta de samba e futebol. Um legítimo carioca que é motivo de orgulho, não só para os amigos (e aqui me incluo, novamente), como também para todos aqueles que compreendem o que é a democracia. Um juiz que gosta e sofre com o povo: um juiz como todos deveriam ser...
Geraldo aposentou-se (ou, segundo o próprio, trocou de trincheira) na última semana. Para homenageá-lo, segue parte do texto escrito para a apresentação do livro lançado em sua homenagem:

Na arena jurídica, Geraldo Prado nunca deixou dúvidas: sempre foi um inconformado com a injustiça social, com o processo de exclusão/extermínio de parcela da sociedade. Com a coerência daqueles que sabem que, sob certo aspecto, a divisão entre teoria e prática é artificial, Geraldo forjou sua produção, tanto na academia quanto nos órgãos judiciais em que atuou, a partir de um compromisso com o “outro”, com a diferença, com “os de baixo”, com aqueles que, criativos, combativos e, por vezes, até irreverentes, lutam em meio às adversidades para (sobre)viver. Em suma, Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, em suas sentenças, acórdãos e livros, produziu textos geraldinos.
Nascido em 05 de abril, graduado em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mestre (1998) e doutor em Direito pela Universidade Gama Filho (2003), com estudos de pós-doutoramento na Universidade de Coimbra, Geraldo Prado lecionou em diversas universidades fluminenses (UCAM, UGF, UVA, UNIG, FDC, UNESA, dentre outras), tanto na graduação quanto em programas de pós-graduação, e atualmente é professor da histórica Faculdade Nacional de Direito (UFRJ). Mais do que alunos e colegas de cátedra, Geraldo colecionou ao longo dos anos dedicados ao ensino do direito um enorme rol de amigos, admiradores e seguidores.
Valeu, meu amigo: novos desafios te esperam...
Vida longa ao renascido Geraldo Prado.
ResponderExcluirDe seu amigo,
Leonardo Costa de Paula
Esse Advogado quer uma coisa, aparecer.
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