Desde a queda do ditador Fulgêncio Batista em 1959, muito já foi escrito sobre Cuba e Fidel Castro. Amado por uns, odiado por outros, Fidel protagnonizou momentos inesquecíveis da história mundial. Orador nato, seus discursos tornaram-se famosos, bem como suas instigantes respostas aos jornalistas que o confrontavam sobre os mais variados temas. Uma vez, perguntado sobre a existência de universitárias que se prostituiam em Cuba, Fidel externou o orgulho da revolução ter conseguido que até as prostitutas tivessem nível universitário.
Em que pesem os avanços na área de saúde e educação da população cubana, pesa sobre Fidel e os demais dirigentes revolucionários o estigma de promover a violação aos direitos humanos (conceito que, não raro, é relativizado pelas grandes potências que defendem a queda do regime cubano). A questão não é simples, uma vez que, ao longo dos anos, Cuba sofreu vários atentados à sua soberania (Fidel Castro, por exemplo, foi vítima de inúmeras tentativas de assassinato. Nem mesmo o setor hoteleiro - principal aposta do regime para sair da crise originada pelo desmantelamento da URSS - escapou de bombas plantadas por opositores "democráticos" da revolução cubana) e, atualmente, sobrevive a um criminoso embargo econômico promovido pelos EUA. Para muitos, esse contexto de constante ameaça, por si só, justificaria as medidas de exceção adotadas pelo governo cubano (medidas, como a pena de morte, comum também em países que se afirmam defensores da democracia). Outros, porém, não encontram justificação para os fatos que a mídia burguesa divulga sobre a Ilha. Não há, porém, dúvida de que nesse pequeno pedaço do Caribe existem contradições e paradoxos no que se refere a esse tema.
Todavia, ame-o (como símbolo de uma revolução que fez toda a esquerda latinoamericana sonhar) ou odeie-o, não se pode negar que Fidel estava correto quando, ao ser indagado por um jornalista norte-americano sobre a existência de graves violações aos direitos humanos em Cuba, não teve dúvidas em afirmar: com certeza, existem violações e são graves....ocorrem em Guantânamo. Sobre o tema, vale conferir o artigo de Siro Darlan.
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